Entrevista especial com a Baliza Campeã Pernambucana Elizângela Figueiredo

Elizângela Figueiredo, este é o nome da Baliza Campeã Pernambucana deste ano pela VIII Copa Pernambucana de Bandas e Fanfarras. Com apenas 23 anos de idade, Elizângela soma vários títulos e troféus, possui uma carreira sólida no ballet e também como baliza da Banda Marcial Máster Ageu Magalhães. Atualmente trabalha como professora de ballet infantil e adulto, além de realizar animações em festas diversas como personagem vivo.

Essa história começa nove anos atrás quando impulsionada pela beleza e encantamento dos desfiles que assistia pela televisão, a jovem tomou gosto e decidiu ingressar numa fanfarra  na escola onde estudava. Confira a Entrevista que o Blog Entreter realizou com a Bailarina.

Com que idade você teve início na dança?

Imagem de aquivo pessoal

O amor pela dança vem desde muito pequena, mas entrei no mundo das bandas e fanfarras aos treze anos como linha de frente. O regente disse que eu tinha potencial, porém teria que me aprofundar mais realizando aulas de ballet, ginástica rítmica ou artística para me tornar uma boa baliza. Foi então quando abriu uma escola de ballet próximo a minha casa e eu insisti para que minha mãe me matriculasse. Eu já gostava de ballet e queria muito ser baliza da banda, aos 15 anos iniciei meus estudos com Juliana Moura, no bairro da Várzea onde passei cinco anos tendo aulas do Metódo Royal Academy of Dance . 

Como você conheceu e resolveu entrar no mundo das bandas marciais e fanfarras como baliza?

Eu sempre assistia aos desfiles no interior quando pequena e aquilo sempre me chamava muito à atenção, eu simplesmente não perdia um desfile e ficava em frente a televisão imitando as baliza que passavam (risos) . Um tempo depois foi formada uma fanfarra na escola onde eu estudava e não pensei duas vezes em fazer parte, contudo, não entrei logo como baliza, pois não tinha nenhum preparo.

Como funciona a competição de balizas?

Por categorias que vão de Fanfarra Simples, Fanfarra com 1 pisto  a Banda Marcial ( infantil, infanto juvenil, juvenil, percussão , máster e tem as bandas musicais que também seguem o padrão .

Cada baliza de uma banda marcial ou fanfarra compete com outras da mesma categoria e são avaliados cinco critérios: Harmonia dos movimentos, expressão corporal, garbo/ postura, aparelhos de ginástica rítmica e a uniformidade. A nota máxima é de dez pontos em cada item de avaliação e são premiadas as três melhores de cada categoria.

O que te move a competir todo o ano?

Imagem de arquivo pessoal

O amor pela dança, o carinho do público sempre que entro na quadra, além de sentir aquele friozinho na barriga e mostrar o meu trabalho. Isto me faz muito bem e não vou parar nem tão cedo!

O que passa na sua cabeça no momento em que você está se apresentando?

Ah !  é um momento mágico onde me deixo levar pelo som da banda e faço o meu melhor. A dança tem esse poder de me levar para outro mundo.

Tem um limite de idade ou algum critério específico para parar de competir?

Algumas categorias estipulam o limite de idade bem como outros critérios, porém como faço parte de uma banda que está na categoria máster, para ela não há nenhum critério.

O que a banda marcial significa na sua vida?

Minha segunda família. A união é muito forte!

Sempre muito elegante você coleciona modelos refinados de figurino para apresentações. Quem faz os seus figurinos?

Em todos esses anos de trabalho, muitas pessoas já  passaram na minha vida me deixando pronta para brilhar na quadra. O primeiro deles foi o  Ernandes Ravel que  não só fez alguns figurinos mais também fornece os aparelhos de ginástica rítmica  e o nosso amado bastão, a segunda foi Rosana Valença onde me ensinou muito sobre como ser uma boa baliza, ela cuidou muito bem de mim e continua cuidando , o terceiro é César Satto que sempre surpreende nos figurinos e por último porém não menos importante é o Ewerson Mendes que vem nos surpreendendo com peças maravilhosas.

Vocês recebem algum incentivo financeiro?

A banda recebe um valor que é gasto com manutenção de instrumentos, fardamentos e até na compra de novos adereços. Às vezes temos uma ajuda da escola em nossos figurinos, mas nem sempre isso ocorre. Participamos por amor.

Como você concilia os trabalhos como bailarina e baliza?

Trabalho e faço aula a semana inteira, os finais de semanas são para as festas e eventos no qual estou trabalhando atualmente como personagem vivo e quando não tenho nada marcado vou ao ensaio da banda ou o jeito é treinar em casa mesmo (risos) .

Quais os troféus e títulos que você conquistou ao longo da carreira em bandas e o nome do título mais recente?

Imagem de aquivo pessoal

São em torno de 13 troféus. Alguns dos principais títulos estão listados abaixo:

Categoria Fanfarra com 1 Pisto - Baliza FAMA 

Campeã Invicta Pernambucana 2012 

Campeã do XV CONFABAN DO GP 2012

Campeã Norte e Nordeste 2012

Campeã Invicta Pernambucana 2013

Campeã do  XVI CONFABAN DO GP 2013

Campeã Nacional 2013 

Campeã Norte Nordeste 2013

Categoria Banda Marcial Master . Serie A 

Campeã da II etapa da VI Copa pernambucana 2014

Vice - campeã da Semi-final da VI Copa pernambucana 2014

3º lugar XVIII CONFABAN DO GP 2014

Serie B.

Campeã da I etapa da VIII Copa Pernambucana de 2016

Campeã XIX CONFABAN DO GP 2016

Campeã Pernambucana 2016

Imagem de aquivo pessoal

Você tem o apoio dos seus familiares por viver no mundo da dança ou enfrenta/ já enfrentou alguma resistência?

Logo quando comecei, contava apenas com o apoio de minha mãe, depois conquistei todos com a beleza do meu trabalho.

 Por fim, além de ser baliza, você é também  bailarina do Stúdio de Danças. Realiza espetáculos, dá aulas de ballet, faz eventos infantis além de apresentações. Hoje, qual o seu maior objetivo na dança?

Estou no Studio de Danças a quase quatro anos atualmente estudando o método Vaganova mas ainda tem muita coisa pela frente ( risos). O meu maior objetivo é me tornar uma profissional melhor e viver para dança.